Pular para o conteúdo principal

Saúde, um desafio de todos nós

Educação e saúde são dois pilares em que se assenta um país que pretende ser desenvolvido, moderno e preparado para dar aos cidadãos capacidade de construir uma nação desenvolvida, com qualidade de vida. Sem megalomanias, o “grande salto para a frente” nesse processo é a universalização desses serviços, ou seja, a possibilidade de cada brasileiro, em seu estado ou município, poder estudar, se profissionalizar e ter acesso digno a serviços de saúde, tanto preventiva como de atendimento imediato na hora da doença.

No setor de educação, as notícias são animadoras. É uma das prioridades da presidente Dilma Rousseff. Já está lançado o novo Plano Nacional de Educação (2011-2020), no qual o Brasil deverá investir mais de R$ 61 bilhões para o cumprimento das 20 metas propostas, como a criação de 4,3 milhões de vagas em creches e pré-escolas, erradicação do analfabetismo, criação de 5 milhões de matrículas nas universidades para jovens até 24 anos e, em especial, professores melhor remunerados e mais especializados.

Recentemente, um seminário realizado em São Paulo pela Futurekids/PlanetaEducação nos mostrou como essa bandeira de valorização do professor foi fundamental para a revolução da educação em Cingapura, rapidamente transformado em um dos chamados “tigres” asiáticos. E há mais. Hoje, entidades como a Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, de São Paulo, se dedicam à melhoria da situação da primeira infância a partir da orientação a órgãos públicos e às famílias, convencidas de que os cuidados com o bebê criam as condições para a construção de um cidadão saudável e bem-educado. Se as propostas forem cumpridas, em 2020 o Brasil (União, estados e municípios) estará investindo R$ 220 bilhões anuais em educação, ou perto de 7% do PIB.

No setor da saúde, os desafios enfrentados pelo Brasil são muito maiores, especialmente quando se trata de universalização, atendimento de qualidade e adoção de novas tecnologias. O país precisa urgentemente fazer uma escolha: investir o maior volume de recursos possível para aliviar o sofrimento de milhões de pessoas. Alguns municípios já estão se conscientizando da importância de melhorar seus postos de saúde e seus hospitais públicos, modernizando os equipamentos, pagando melhor os médicos e aperfeiçoando seus sistemas de gestão. O mercado já oferece softwares capazes de apressar o atendimento do médico, sem perda de qualidade, de facilitar a administração das atividades hospitalares, de controlar exames e até de orientar uma cirurgia.

O que não mais se pode aceitar são aquelas filas intermináveis de pessoas à espera de uma consulta ou de um simples exame e aquelas cenas horríveis, típicas de tempos de guerra ou catástrofes, de pessoas sendo atendidas em macas ou espalhadas pelo chão por médicos visivelmente exaustos e impotentes diante do acúmulo de pacientes. Cabe aqui mencionar a crise nos planos de saúde, que visivelmente está se refletindo na má qualidade do atendimento aos pacientes. E também é urgente a revisão da tabela do SUS, isto é, dos valores pagos aos médicos e aos hospitais.

Soluções existem, basta vontade política de olhar com mais carinho e determinação para o setor público de saúde. Infelizmente, o acesso a tecnologias de ponta ainda é privilégio de um número restrito de hospitais, a maioria particulares. Como exceções, na rede pública, podemos citar os hospitais de clínicas e as Santas Casas, além de instituições como o Hospital do Mandaqui, em São Paulo, que está se transformando em centro de excelência e qualidade de atendimento após a adoção de inovadores softwares de gestão. Poucos sabem, mas o fato é que o Complexo do Mandaqui realiza hoje cerca de 30 mil atendimentos por mês, número superior ao do Hospital das Clínicas.

Tanto os equipamentos e produtos importados quanto os equipamentos e soluções de ponta desenvolvidos no Brasil precisam ser incorporados com mais rapidez pelas autoridades responsáveis pela saúde pública. O grande potencial tecnológico do setor da saúde poderá ser conferido entre os dias 24 e 27 de maio na Feira Hospitalar 2011, em São Paulo. Ao lado de um povo educado, devemos batalhar e buscar recursos para termos um povo com mais acesso à saúde.

Autoria : Neide da Silva Leite é sócia da Input

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Como as cores influenciam seu dia-a-dia

Tratamento alternativo e decoração interferem nas reações das pessoas No mês de abril é comemorado o Dia Mundial da Saúde. Em paralelo aos avanço tecnológicos da medicina, cresce dia a dia a procura por tratamentos alternativos como a cromoterapia. O que poucos sabem é que uma escolha harmoniosa das cores na decoração de casa pode aumentar seu bem-estar. A cromoterapia é a ciência que estuda as cores e aplica terapeuticamente suas características. Ela trata e equilibra o organismo, tanto nas desordens físicas, como emocionais. Cada cor do espectro de luz tem uma frequência, que vai desde o vermelho até o violeta. Para a acupunturista e cromoterapeuta Sabrina Gonsalvez, “é um tratamento eficaz, indolor, que pode facilmente ser feito em casa e é indicado para crianças, adultos e idosos.” De acordo com Sabrina, “pintar as paredes de uma casa, com a ajuda dos conhecimentos da cromoterapia, certamente causará um benefício à saúde dos moradores e pode acelerar o processo de harmoniza...

Frutas

Gripe ou resfriado? Entenda a diferença

É comum a confusão entre gripe e resfriado. Muitos atribuem erroneamente o mesmo conceito a ambas, o que não é correto. Enquanto o resfriado é causado por um conjunto de vírus respiratórios – entre eles o matapneumovírus, vírus sincicial respiratório e o coronavírus, por exemplo, a gripe é causada pelo vírus da influenza. O principal fator que gera esta confusão é a coincidência dos sintomas. Nariz entupido ou escorrendo (coriza) e tosse estão presentes em ambas as patologias. A diferença é que a gripe é mais intensa, e pode vir acompanhada de febre, cansaço e fadiga, além do fato de oferecer maior risco de complicações. “Uma gripe pode, mais comumente, ser seguida de um quadro de pneumonia viral, ou de uma invasão bacteriana. Estas complicações são bem menos frequentes no caso de um resfriado”, explica o dr. Rodrigo Abensur Athanazio, diretor de divulgação da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT). Prevenção e tratamento : A gravidade da gripe é proporcional à vul...