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Asma: o impacto da poluição do ar e dos ambientes de trabalho


A asma acomete cerca de 300 milhões de pessoas em todo o mundo, entre adultos e crianças. No Brasil, a estimativa é de que existam aproximadamente 20 milhões de asmáticos. Tosse, falta de ar e chiado no peito são alguns dos indícios da doença, que é uma inflamação crônica e pode se agravar por fatores como alteração climática, infecções respiratórias e até mesmo causas emocionais. 

A poluição atmosférica, definida como a presença de partículas tóxicas no ar, que interferem na saúde e no bem-estar dos seres vivos, está entre esses fatores. Ainda são poucos os estudos realizados sobre os efeitos da poluição como causa de internação por asma, porém os níveis dos poluentes do ar têm sido associados à piora dos sintomas da doença.

“A poluição aumenta as exacerbações de asma e também as infecções respiratórias que, por sua vez, pioram a asma. Além disso, alguns estudos têm sugerido que a poluição pode também aumentar a chance de uma pessoa desenvolver asma”, comenta o dr. Marcos Borges, presidente da Subcomissão de Asma da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT).

No inverno, quando há a inversão térmica, que retém grandes quantidades de poluentes em uma estreita camada da atmosfera, o problema tende a piorar e o número de pacientes com doenças pulmonares aumenta.

Já no ambiente de trabalho, há duas categorias da doença: asma ocupacional e asma agravada pelo trabalho. A primeira é causada pelas condições próprias do ambiente de trabalho, enquanto na segunda, o paciente que já tem asma é agravado por fatores presentes naquele ambiente.

Há vários agentes que podem estar envolvidos no desenvolvimento e/ou piora da asma, como poeira, pelo de animais ou substâncias químicas, como cloro e amônia. Para o dr. Borges, é importante uma investigação médica para determinar o que exatamente no trabalho está agravando e/ou desencadeando a asma.

“Existem testes específicos para essas situações. Descobrindo um agente específico, o ideal é eliminar o contato. Alternativamente, existem também os equipamentos de proteção individual e algumas medidas que as empresas podem adotar para minimizar a exposição.”


Enviado por :Patrícia Boroski

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